PATRÍCIA ANDRADE
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PATRÍCIA ANDRADE

A VOZ HUMANA

Transformar o choro ou o gemido numa melodia evocativa ou num som distorcido; como se iriam prolongar as palavras, as respirações à deriva até encontrar uma cadência, um ritmo. Como num concerto de rock em que cada músico, cada nota, crescendo, a repetição de um rasgo – são uma libertação, uma comunhão, atingindo um clímax, um estado de euforia. Entrar num vórtice onde ecoam palavras, sons, provocando um estado quase ausente, hipnótico – e romper de seguida com o texto, voltar à frequência normal da voz, do batimento cardíaco. Ouvir no silêncio, a gota de suor a cair no chão. Ouvir tudo o que dentro da personagem está através dos efeitos sonoros. Ouvir o seu coração, o seu lamento – em oposição ao texto de carácter naturalista. Esta seria a premissa para desenvolver o processo.


Transforming tears or moans into an evocative melody or into a distorted sound; how they elongate the words, the breath that is lost until it finds a cadence, a rhythm. Like in a rock concert in which every musician, every note, crescendo and repetition of a tear – they are a liberation, a communion, achieving a climax, a state of euphoria. Entering a vortex where words eco, sounds, provoking an almost absent state, almost hypnotic – and breaking with the text straight after, and coming back to the usual voice frequency, the heartbeat. Listening to the silence, the drop of sweat hitting the floor. Listening to everything that is deep within the character, that is also in the sound effects.

Listening to your own heart – in opposition to the naturalistic character in the text. This would be the premisse to the process development.

WOS #2, A CRIAÇÃO